sexta-feira, maio 02, 2003

estou vivo, assim acho.
séculos e séculos, assim vejo o passar do tempo. e as placas tectônicas continuam a se mover em minha mente, blocos de crenças e desejos e sonhos em constante choque, criando e destruindo ilhas e continentes. engraçado como a vida e sua pulsante característica de levar-te de um ponto a outro com um simples ajuste de horário, ou mesmo uma breve coincidência, um encontro eventual, ou palavras breves ditas ao acaso. Uma coisa de beleza me vêm a mente sempre que tomo consciência dos ciclos, talvez eles não possam mesmo ser medidos e matematicalizados, e só quem os criou possa manipulá-los a seu deus prazer. Só gostaria que as pessoas reservassem um minuto de seu dia para tomar tino de si mesmas e sua posição no mundo, sua função, e principalmente digerir a informação mais vital de todas, que cada um que vaga sobre este pequeno planeta tem a capacidade de mudança, herdou a possibilidade de criar algo e questionar, e analisar a vida de uma forma diferente da noção que a coletividade quer nos impor. muita coisa mudou em mim, isto é claramente visível, seja fisicamente, psicologicamente, espiritualmente. agora sou formando. quando pisei na faculdade pela primeira vez, fiquei imaginando como seria minha vida ao terminar. e digo hoje ao lucas do passado, que pode não ser o mesmo agora, que tudo é formado de pedaços de diferentes tamanhos e cores e sabores e a simples existência da estrutura formada pela aglutinação das partes já nos impulsiona a colecionar as partículas de vida, saia colecionando e mostre a outros o que colheu da grande árvore, que mesmo não conhecendo pessoalmente quem plantou a primeira semente, siga um rumo seja qual for, o principal é estar desperto e não cair no grande sono da ignorância.
um livro me encontrou, estava passeando na livraria siciliano e me deparei com um tema ainda desconhecido para mim, a autora analisava a vida dos PAS - pessoas altamente sensíveis. eu sou uma delas, somos uma parte da população mundial e passamos por experiências semelhantes por causa de nossa característica especial. minha idade já permitiu ver a diferenças de visão que as pessoas podem ter, conheçi uma pessoa intimamente, tentei mexer em alguns botões dentro dela mas não foi possível. os ciclos continuam a mover as placas, que venham os furacões.

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