O caos ao vivo em Salvador.
Milhares de indivíduos sem lider, se auto-organizando.
Se você se aproximasse veria a confusão decorrente das diferentes idéias, desejos, níveis de rebeldia.
Desde o pobre secundarista rebelde do Nordeste, à patricinha humanista do Módulo.
Gritos, empurrões, lagrimas, sorrisos.
Aí então, você se afasta e observa de longe. O quê você vê?
Você enxerga uma massa disforme, como uma ameba, se movendo e tomando atitudes como um organismo único, vivo.
A visão do todo sobrepõe o individualismo. não à um líder, todos são líderes. Um vislumbre de Anarquia.
Não adianta matar a rainha, no enxame, qualquer um pode torna-se nobre, e a nobresa neste caso faz parte da única classe existente no sistema, os operários.
Agora, não imagine uma só infecção, imagine um câncer social que cresce e contamina novas células, que leva seu código genético mutante para outros órgãos. Focos e mais Focos de uma doença que não mata, muta.
Crianças, adolescentes, universitários unidos. Criando o único movimento capaz de criar algo novo na sociedade, a baderna.
A baderna é o fator mais importante de todos, não a vejam como algo limitado a um indivíduo em especial. A verdadeira baderna extrapola o "eu" em direção ao "nós". A baderna incomoda, amedronta, choca.
E por chocar ela incita a reflexão, obriga aos não baderneiros a tomar uma posição, mesmo que seja a posição de não se posicionar.
Depois de uma posição tomada, ninguém é mais o mesmo.
quinta-feira, setembro 04, 2003
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