sexta-feira, julho 18, 2003

"vem vamos embora
esperar não é saber
quem sabe faz a hora
não espera acontecer"



só as baratas são felizes.

Muitas idéias têm invadido minha mente ultimamente, elocubrações mentais de todas as espécies: teorias sobre a vida, destino do mundo, mistérios insolúveis da humanidade, e o buraco negro no bolso de minha calça. É interssante ver as crianças de colo e seus olhares assustados diante das informações que chegam a seus olhos, incapazes de compreender as nuances e relações dos objetos coloridos que prendem sua atenção. quando vejo um bebê, fico meio bobo, de como um ser pequenino e tão frágil se transforma num ser humano adulto, e como são impelidos a viver e se multiplicar alongando seus dias aqui na Terra. Eu sinto por exemplo o apelo do sexo oposto, é interessante perceber os detalhes, o cabelo, o sorriso, cada um despertando sua atenção, como a natureza é sábia. As mulheres são lindas, e nem sei se elas acreditam nisso de verdade. Passamos por tantas crizes em nossa jornada em direção ao futuro, cada uma foca em um determinado traço de personalidade. basta um evento simples, para desencadear, uma crise existêncial, todos têm, e acho que são fundamentais para o nosso crescimento. numa crise dessas, um questionamento básico lhe atinge, que esta vida é uma só e o que eu estou fazendo dela. para os suicidas, que já colocaram na balança o ficar e o partir, preferem arriscar e ver antecipar o fim. mas os que ficam veêm que é tudo momento e que momentos passam e momentos vêem. escrevendo estas linhas sinto uma vontade de estar com ela novamente, só para ter certeza de que estou aqui e beijar seus lábios mais uma vez. vi animatrix é belo, me tocou. cadê a revolução profetizada, onde estão os jovens e suas máscaras de guerra, pintados como os soldados na batalha do vietnã? porra, cade todo mundo? ninguém se move. o tempo parou? já sei, preciso de armas. armas letais para dizimar todos os inimigos. e de uma esposa, para povoar o mundo depois que todos tiveram ido. cade o inferno e a solução das chamas?" - desculpe senhor, estamos no século 40, nem as crianças se assustam mais com este tipo de coisa." o tédio me consome, mas não só a mim. o fogo-fátuo se propaga por todos, não sobrou um só pra contar a história. "socorro não estou sentindo nada." Ah que chato! não tenho armas só um blog. e não posso ferir ninguém com isso aqui.

quarta-feira, julho 16, 2003

Esta foi parida no dia homônimo.

"Quatro de Julho Meia Noite e Cinquenta e Sete

Parem Parem!
Nao adianta, eu não vou comprar
e hoje não vou mais ouvir
nem vestir, ler ou rezar.

Não vou mais rir
não vou gozar
Vou me esconder, vou me trancar.

Eu vou partir.
Eu vou parar.
não mentir, não vou contar.

Chega Chega
não adianta, é vão insistir
é vão negar
eu vou calar, eu vou dormir."

Meu projeto final de curso tem me tomado muito tempo e por isso fico semanas sem postar.
O computador chegou, lindo, preto, com gravador de cd e as porra! os meus irm?os encheram o ruindows 98 de jogos e tudo pifou ontem. fui dormir de madrugada instalando algo bem melhor o Mandrake linux tah rodando redondo no micro. instalei o latex e agora posso trabalhar no projeto final em casa. daqui a uns dias vou colocar internet a cabo NET e tudo ser? belo. a merda do ruindows levou com ele um drum and bass muito bom que eu tava produzindo h? dias.

segunda-feira, junho 09, 2003

achei isso perdido dentro de coisa:

Outro. 27-Mar-2003 21:33
Muito tempo se passou. mas sobre isso ele jah refletiu bastante.
e mais esta lição entrou na sua lista sobre "o que é o que na vida".
a consciência do mover do tempo é algo muito sutil, ontem ele era uma criança e agora será que continua o mesmo? o que mudou? o que o reprime de sair por aí e confrontar o Todo?
Uma vida não é suficiente nem para refletir sobre todas as questões não explicadas, quanto mais para vê-las respondidas. não existem mais velhas da floresta com seus barracos de madeira, sua experiência e poções mágicas do amor. há o real e inquietante mover da vida, um sucessar de eventos disconexos que refletem a disparidade entre o eu interno de cada ser e o mundo material externo. quando ele deixar de ver as nuvens e sentir o vento, talves tenha estas respostas, talves quem sabe ele encontre a verdadeira questão a ser apresentada ao Uno.
Mas há detalhes interessantes que equilibram o mundo, quando se está feliz, feliz de verdade, aquela felicidade que dá vontade de tornar doença e infectar a todos pelo ar. a tristeza nunca consegue alcançar o nível que a felicidade chega, como um sistema de defesa do bem que vence sempre o mal.
E ela acabou deixando-o. A fissura foi profunda, capaz de abalar a mais forte estrutura de concerto. Quase ruiu abaixo. E mais um item foi acrescaentado à sua lista. O amor é fruto da conjunção do EU interno e sEU externo, e quando acaba, o paradoxo. ele sentiu o paradoxo do amor, e provou do gosto amargo do sentimento frio que é gerado por ele. Face a face. de um lado o corpo se rebela e grita por amor, mas o ser-dela não ama. do outro, a alma transborda tanto sentimento que o corpo fica embreagado, cambalea de diz coisas, mas não mente, não consegue mentir. Amantes são bêbados.
Por que há aqueles incapazes de ver. acostumem-se com a falta de interrogações, talvez a inexistencia da diferença entre uma questão e uma resposta facilite a visão do que quero mostrar.
Há pessoas que são cegas portadoras de olhos. talvez se fosse privadas da visão , quem sabe exergariam melhor. uma criança. ali. sorriu. cresceu. reproduziu. morreu. outra criança.

quinta-feira, maio 08, 2003

Os dias estão passando com sabor de sonho com bastante goiabada dentro.
mais um de meus mini-contos.

O Reencontro.08/08/2003
Ele Parou ali diante dela, estupefato, inerte.
Se quisesse poderia ouvir seus proprios batimentos cardíacos. A confusão crescia e se difundia pelos sentidos, linhas de pensamento difusos cobriam-lhe os olhos, que nada queriam ver a não ser a dona da sombra de lindas curvas projetada ao chão e quase imperceptível. Som não havia, na verdade havia aos decibéis, em meio ao caos urbano desta grande cidade neste populoso sistema vivo, não ouvia-se nada que não fosse captado pela visão. Nem tentara mover-se, cairia se tentasse. Provavelmente o corpo não obedeceria ao cérebro, de forma que os tendões e articulações se revoltariam com a enorme insensibilidade da massa cerebral e num último esforço se atirariam de encontro ao outro corpo, poucos metros a frente, estupefata e inerte.

Mais alguns segundos e seus pensamentos poderiam ser ouvidos a metros de distancia. Não sentia as pernas, este membro que sempre a desapontou nas horas mais difíceis. Ao menos um sorriso, nada, nem um simples piscar de olhos. Que tipo de música seu coração dançava agora? A dança do silencio, ou a marcha nupcial do destino em Lá menor? São nestes segundos que temos plena certeza, de que não há razão na razão, que a racionalidade é mero fruto da negação do sentimento, não é o objetivo é o resultado. Voltou a si, como uma criança exausta de tentar mover-se de forma diferente da imagem do espelho. Queria chorar e gritar, correr e fugir. Mas aprendera com ele a confrontar o destino, desafiá-lo, pedir sempre mais. E desejou uma esposa, que viesse e o removesse dali, para sempre. Ou mesmo a manifestação do gélido sorriso das pessoas capazes de esquecer. Nada.

Ele apenas pensava.
"parece uma viajem de psicotrópicos, barbitúricos, ou sonhos impossíveis de adolescemtes feias seborréicas e seus diarios igualmente espinhosos. As vezes gostava de perder o controle, só para sentir o frio da ancoragem, como a sensação que inunda a mente corpo após a tontura. Ou após o cessar do efeito"

E ela sentia.
"o que terá havido? por que me sinto assim? não vou segurar, preciso ser forte. eu quero, como nunca quis antes, eu..."

Numa fração de segundos, uma borboleta invadiu suas vidas com seu despretensioso vôo em busca de mais flores. Os quatro olhos a seguiram como se fosse a última vez. E pela primeira vez em muito tempo desde que se separaram, um gesto de afeto. Ele arrancou uma das flores onde a borboleta havia pousado, entregou a ela e deram asas a seus desejos.


segunda-feira, maio 05, 2003

Acabei de assistir um bom pedaço de Magnólia. mas não tenho palavras para descrever como me sinto agora, diante de um computador, numa sala no escuro, cercado de livros sobre particulas atomicas e coisas deste tipo. Sabia que existe uma agulha muito fina que serve para medir a estrutura dos atomos de uma superficie? que as distâncias neste caso são medidas em ângstrons, 1 angstron é tão pequeno que nossa mente não consegue imaginar algo assim. existe uma inscriçao numa pedra aqui na america do sul, acho que da civilização asteca ou inca, não sei bem ao certo, pesquisadores indentificaram um número imenso escrito nela, de tão grande que era, eles duvidaram se o povo que fez tal artefato tivesse capacidade cultural imaginar algo assim. somos poeira estelar, fruto de uma realidade criada e estamos imersos nela, quer queiramos ou não. posso sair agora desta escura sala e tomar infinitos caminhos até minha cozinha, mas mesmo assim tomarei a estrada que não traga o fim da minha existência. quando o homem primitivo ouvia o ronco da tempestade se aproximando, ele chamava de Tupã. hoje eu não tenho um nome especifico, e nem quero dar nome a algo tão infinito, pois seria tão limitador e ignorante de minha parte que não me sinto capaz de levantar qualquer teoria ou hipótese.


estou sentindo a todo momento sensações de beijos em minha boca, detalhes impressos que me acompanham durante todo o meu dia. novamente sinto em a sensação básica da natureza humana, a saudade. não existe algo mais lindo mais reconfortante que voltar a vê-la. eu quero sentir, quero que a sociedade me permita sentir, sem me enquadrar numa classificação esta ou aquela, quero poder arriscar de novo, por que sei que não há nada mais terno(lembra?) do que tenho agora dentro de mim.


seguindo a onda de informações de hj, existe um tipo novo de droga chamada ketamina.a ketamina induz a uma sensação de quase-morte, segundo descrições, sua consciência se desliga de seu corpo e vc sente que nunca mais vai voltar, imagine o momento de ver você se desligando do mundo material e entrando no escuro e profundo NADA.

agora vou para casa, escolherei um caminho curto e agradável. acho que farei um telefonema hj. tenho fome. tenho que escolher um tema para meu projeto final. preciso de grana. vou cancelar a aula de amanhã.

sexta-feira, maio 02, 2003

Um texto que escrevi estes dias aqui no trabalho entre uma tarefa e outra.
EUs.
"Eu sou a coletividade", rainha borg - Star Trek..

Através de elucubrações mentais cheguei a conclusão de que a dita e aclamada sanidade é técnicamente improvável de ser definida, mas não tenho certeza absoluta e irrévogável sobre isso, o que pode levar a crer que sou um estudioso de minhas proprias idéias, um investigador consciente de minha auto-consciência. Teorizo que cada indivíduo possue várias co-existencias dentro de si, assim quando tomamos um decisão ou simplesmente quando passamos o tempo a nada fazer, as diversas consciências costumam dialogar dentro da cabeça, cada uma com sua personalidade particular. Mas a pessoa não se dá conta disso, ou mesmo não se importa e julga este comportamento comum. Sim, isto é completamente comum, em pessoas sociáveis ou não.

[Pessoas sociável - você, sua mãe, sua namorada,...]
[Pessoa não sociável - psicopatas em geral, um louco sujo e seu saco de loucuras sujas...]

Desta conversa entre as sub-personalidades mentais eis que surge o "Eu", a expressão externa do indivíduos, e que não necessáriamente é o que vc acha que você é. A impressão que as outras pessoas têm de você não é necessáriamente igual ao que você acha de si mesmo. A imagem de pessoa que sentimos ao olhar-nos diante do espelho é nada mais do que a nossa visão sobre nós mesmos. Uma outra pessoa e sua personalidade interna é inacessível, a não ser que ela decida mostra-lhe o que há atrás do véu intransponível da personalidade, e lhe conte sobre as vozes em sua cabeça e quando elas entram em acordo ou não. Ninguém é realmente verdadeiro se não desejar. Podem usar aparelhos, medicamenos, mas estes recursos só revelam o fim, o sabor da sopa de idéias e vozes e pensamentos misturados e servidos ao mundo externo. Ao seu mundo interno só quem tem a chave é você.

Hoje você é meu convidado, não repare a bagunça.

Há momentos somente seus, quando as vozes ficam mais nítidas. quando se acorda no meio da madrugada para ir ao banheiro, que tipo de pensamentos se têm? quem processas as silenciosas informações que vem do mundo lá fora? é realmente você, ou são vocês? Por que será que temos medo de escuro, medo do mundo lá fora? ou medo das criações originadas em nossa própria mente? Não há momentos em que ficamos assustados com as idéias que temos?

Os eus em sua mente podem entrar em acordo ou não, podem ser semelhantes ou completemente diferentes, podem ser criados e destruídos, a coletividade de sua mente é você. Assim cria-se um novo nível social, a sociedade mental. E como toda a organização, no atual nível evolutivo, há a figura do líder. A maior e mais influente personalidade, a mãe, a quem você confere maior atenção, a face do eu que organiza as coisas. Mas a mãe pode perder o controle e entrar na festa dos desejos corrompidos e morder a maçã da liberdade. A mãe pode abandonar a cria e começar um rebelião de emancipação. Se isto acontecer você pode enlouquecer no sentido mais cruel da palavra. A grande personalidade deseja tornar-se pequena, o governo Anárquico pode ser implantado em sua sociedade mental. E se alguma outra voz tomar o poder? A quem você ouvirá se seu eu não lhe ouve e as idéias ganham independência? Você soará confuso e a realidade lhe parecerá um sonho de sucessivas noites descaracterizado da noção do tempo, que na verdade não existe, mas isso é outra história.

estou construindo o leiaute de rê: renata

estou vivo, assim acho.
séculos e séculos, assim vejo o passar do tempo. e as placas tectônicas continuam a se mover em minha mente, blocos de crenças e desejos e sonhos em constante choque, criando e destruindo ilhas e continentes. engraçado como a vida e sua pulsante característica de levar-te de um ponto a outro com um simples ajuste de horário, ou mesmo uma breve coincidência, um encontro eventual, ou palavras breves ditas ao acaso. Uma coisa de beleza me vêm a mente sempre que tomo consciência dos ciclos, talvez eles não possam mesmo ser medidos e matematicalizados, e só quem os criou possa manipulá-los a seu deus prazer. Só gostaria que as pessoas reservassem um minuto de seu dia para tomar tino de si mesmas e sua posição no mundo, sua função, e principalmente digerir a informação mais vital de todas, que cada um que vaga sobre este pequeno planeta tem a capacidade de mudança, herdou a possibilidade de criar algo e questionar, e analisar a vida de uma forma diferente da noção que a coletividade quer nos impor. muita coisa mudou em mim, isto é claramente visível, seja fisicamente, psicologicamente, espiritualmente. agora sou formando. quando pisei na faculdade pela primeira vez, fiquei imaginando como seria minha vida ao terminar. e digo hoje ao lucas do passado, que pode não ser o mesmo agora, que tudo é formado de pedaços de diferentes tamanhos e cores e sabores e a simples existência da estrutura formada pela aglutinação das partes já nos impulsiona a colecionar as partículas de vida, saia colecionando e mostre a outros o que colheu da grande árvore, que mesmo não conhecendo pessoalmente quem plantou a primeira semente, siga um rumo seja qual for, o principal é estar desperto e não cair no grande sono da ignorância.
um livro me encontrou, estava passeando na livraria siciliano e me deparei com um tema ainda desconhecido para mim, a autora analisava a vida dos PAS - pessoas altamente sensíveis. eu sou uma delas, somos uma parte da população mundial e passamos por experiências semelhantes por causa de nossa característica especial. minha idade já permitiu ver a diferenças de visão que as pessoas podem ter, conheçi uma pessoa intimamente, tentei mexer em alguns botões dentro dela mas não foi possível. os ciclos continuam a mover as placas, que venham os furacões.

sexta-feira, março 07, 2003

eu desisti de ficar com lu.
isto estah me dando uma paz que conforta.
o que existia em mim jah naum fazia bem a ninguem.
deixei uma carta dentro de sua bolsa antes de voltar do carnaval com umas coisas que gostaria que ela le-se depois que eu partisse. ela tem uma amizade muito grande com minha mae.
quero tudo colorido novamente.
o mundo continua a rodar.